segunda-feira, 29 de junho de 2020

Libra 2.0 tem pouca semelhança com o plano inicial do ‘Facebook Coin’

Libra 2.0 tem pouca semelhança com o plano inicial do ‘Facebook Coin’

Em meio a uma série de mudanças, a Libra está evoluindo para se tornar um projeto significativamente diferente do que foi originalmente anunciado em meados de 2019.
Tweetando no sábado, o fundo de criptomoedas VC IOSG Ventures destacou as diferenças entre os conteúdos dos atualizado White paper da Libra e a iteração de junho de 2019. A primeira grande alteração ocorre na forma do mecanismo de token do projeto.
Alterações no Libra V2
Após o lançamento oficial do white paper , a Libra Association declarou que o token Libra (LBR) seria um stablecoin apoiado por uma cesta de moedas fiduciárias. Reguladores de todo o mundo acusaram este plano de citar riscos de controle monetário .
Em abril, a Libra lançou um white paper atualizado contendo quatro grandes mudanças, uma das quais era o novo mecanismo de token. Em vez de uma stablecoin apoiada por uma cesta de moedas fiduciárias, o projeto agora planeja executar um sistema de stablecoin apoiado em moeda multiativa . Assim, no lançamento, poderia haver tokens como LibraUSD, LibraGBP e LibraEUR, entre outros.
Carteira Novi Libra do Facebook
O sistema multi-stablecoin da Libra também estará sob a jurisdição dos bancos centrais, Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Autoridade Suíça de Supervisão do Mercado Financeiro (FINMA).
As outras três grandes mudanças se concentraram na conformidade regulamentar após a tempestade de oposição que atingiu o lançamento inicial do white paper. Desde então, a Associação se comprometeu a trabalhar com os reguladores para garantir a aderência às leis de lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo.
No final de maio, o Facebook renomeou sua carteira de moeda digital Calibra planejada, renomeando-a como ‘Novi‘ em um movimento provavelmente orquestrado para criar uma distinção entre o gigante da mídia social e o projeto Libra.

domingo, 28 de junho de 2020

Facebook formaliza registro no Brasil de sua carteira de criptomoedas

Carteira Novi do Facebook, Libra

O Facebook abalou o mundo das finanças em 2019, quando anunciou o audacioso projeto Libra. Após inúmeros debates com vários governos sobre, o Facebook resolveu dar um passo atrás, mas inicia, no Brasil, o registro de sua carteira de criptomoedas.
Pretendendo lançar uma inovação nas finanças globais, o Facebook buscou a tecnologia blockchain para criar sua moeda. Tendo ganho fama com o Bitcoin, principal criptomoeda do mundo, essa tecnologia permite segurança e transparência em transações digitais.
Nomeada Libra, a moeda digital do Facebook pretende ser uma espécie de stablecoin, uma vez que terá seu valor lastreado em moedas fiduciárias. Contudo, apesar de promissora, a ideia da Libra tem sido contestada no governo dos EUA, e de vários países da Europa e mundo. Mesmo assim, seu desenvolvimento continua e uma novidade chega no Brasil.

Facebook começa processo de registro de sua carteira de criptomoedas no Brasil, Novi vem aí

O Facebook é uma das maiores empresas de tecnologia do mundo. Seu CEO, Mark Zuckerberg, é o quarto homem mais rico do planeta hoje, de acordo com a Forbes Real Time Billionaires, exibindo uma fortuna estimada em U$ 88 bilhões (R$ 455 bi).
Com tal protagonismo, qualquer ação da empresa é importante no mercado de tecnologia. Desde 2019, entretanto, o Facebook busca espaço no novo mercado de criptomoedas, que possuí um imenso potencial para as finanças no mundo.
Com uma base de usuários gigantesca, com mais que 2 bilhões de pessoas, o Facebook imaginou a criação da Libra, uma moeda digital. Para armazenar as moedas nos aplicativos como WhatsApp, está em desenvolvimento uma carteira de criptomoedas.
Chamada de Novi, a carteira de criptomoedas do Facebook teve pedido de registro da marca no Brasil. Com data do depósito em 26/05/2020, o Facebook solicita junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), um registro de marca nominativo.
Esse registro pede que a marca Novi seja de uso exclusivo do Facebook no país. O pedido não protege os símbolos da marca, apenas a grafia da Novi, de acordo com explicação no site do INPI.
Marca nominativa, ou verbal, é o sinal constituído por uma ou mais palavras no sentido amplo do alfabeto romano, compreendendo, também, os neologismos e as combinações de letras e/ou algarismos romanos e/ou arábicos, desde que esses elementos não se apresentem sob forma fantasiosa ou figurativa.

Publicação oficializa pedido de registro e expõe mercado brasileiro a realidade das criptomoedas

Com o Brasil sendo uma das principais bases de usuários do Facebook, o movimento mostra que a empresa mira suas ações no local. Recentemente, o Brasil foi o primeiro país a receber o WhatsApp Pay, uma nova modalidade de pagamentos digitais também do Facebook.
Com a publicação do registro de marca da Novi na Revista da Propriedade Industrial (RPI), na edição 2581, nesta terça (23), o Facebook tem oficializado seu pedido. Na publicação da RPI é informado que o exame formal para registro da marca foi concluído.
A especificação do registro de marca da Novi ocupa quase cinco páginas da publicação, com vários itens. No pedido de registro de software, destaca-se, entre outros, “Serviços De Fornecimento De Software Que Facilita A Capacidade Dos Usuários De Visualizar, Analisar, Registrar, Armazenar, Monitorar, Gerenciar, Comercializar E Trocar Moeda Digital, Moeda Virtual, Criptomoeda, Ativos Digitais E De Cadeias De Blocos, Ativos Digitalizados, Títulos Digitais, Criptotítulos E Títulos De Utilidade“.
Não se sabe quando a Novi chega ao mercado, uma vez que ainda está em desenvolvimento. Mesmo assim, o Facebook cumpre uma etapa importante para implementar essa carteira de criptomoedas para seus clientes no Brasil, país que tem recebido destaque da grande empresa.
Finalmente, o Novi será um aplicativo que poderá ser baixado em lojas como Google Play e Apple Store. Além disso, estará presente dentro dos aplicativos da própria empresa, como o WhatsApp e Messenger, por exemplo. Sua função será possibilitar pagamentos com a Libra, criptomoeda do Facebook.

sábado, 27 de junho de 2020

Zuckerberg explica como sua criptomoeda vai gerar lucros para o Facebook

Criptomoeda do Facebook, Libra

Aparentemente a moeda do Facebook, chamada de Libra, voltou “aquecer os motores” para tentar avançar o projeto e alcançar o tão aguardado lançamento depois de tantos problemas.  Agora, Mark Zuckerberg tocou em um assunto que muitos estavam se questionando: Como a Libra vai gerar receita para o Facebook?
Desde que o projeto foi anunciado, sempre foi informado que não existiram taxas escondidas para as transações e nenhum tipo de cobrança para manter uma carteira da moeda.
Alguns começaram a especular sobre como a Libra então daria dinheiro ao Facebook, já que a empresa não criaria o projeto sem ter lucro em mente e eles afirmam que não ganharão com a venda de dados para outras empresas.
Mark Zuckerberg, CEO do Facebook.
A resposta veio de uma apresentação que Mark fez para os acionistas do Facebook, onde o CEO explicou é que a ideia é que a moeda digital aumente o lucro com propagandas na plataforma através do incentivo do e-commerce da gigante das redes sociais.
Mark explicou que o Facebook funciona através de um sistema de lance para as propagandas exibidas na plataforma, similar ao Google Ads. É a loja ou a empresa que determina o quanto ela quer pagar pela propaganda baseado no quanto ela quer que a ação seja efetiva.
Atualmente, ao clicar em uma propaganda de um produto ou serviço, é preciso utilizar os métodos e pagamento tradicionais, o que pode desincentivar a compra.
Já com a revolução da Libra, Facebook Shops e Facebook Pay, Zuckerberg acredita que os clientes vão estar muito mais dispostos a concluir uma compra ou contratar um serviço se a forma de pagamento for mais rápida e prática, feita diretamente na plataforma.
“Quando oferecemos ferramentas adicionais, seja o Facebook Shops, ou métodos de pagamento como a Libra e o Facebook Pay, um comércio se torna mais efetivo para empresas (…) Um cliente vai estar muito mais disposto a comprar algo depois de clicar em uma propaganda caso ele tenha formas de pagamento que funcionam na própria plataforma.”
Melhorando o dinamismo do comércio do Facebook, as propagandas, em teoria, se tornariam muito mais atrativas para as empresas, que poderiam pagar ainda mais para ter um espaço de publicidade na rede social.
“Então basicamente se torna algo mais atraente para as empresas poderem dar lances mais altos paras a propagandas e então veremos um aumento nos preços para publicidade de forma geral.”

Libra continua tentando encontrar alívio legal para seu lançamento

Criptomoeda do Facebook, Libra
Criptomoeda do Facebook, Libra
A moeda digital do Facebook foi um importante marco em 2019, após o seu lançamento, os bancos centrais de todo o mundo voltaram a atenção para as moedas digitais e o quanto elas podem impactar o setor financeiro tradicional.
Alguns acreditam que o Yuan digital foi acelerado por causa da ameaça que o Facebook pode oferecer a soberania financeira de um país.
No entanto, o projeto do Facebook teve que passar por uma série de questionamentos e escrutínio que acabou empacando todo o avanço da ideia, fazendo o Facebook  perder vários parceiros da Associação Libra.

Por enquanto, o projeto vai alterando alguns de seus elementos para tentar encontrar uma posição em que os governos se tornem confortáveis com a sua existência e possível lançamento.

quarta-feira, 24 de junho de 2020

Relatório do Fed afirma que impacto da Libra no sistema financeiro foi “superestimado”

Relatório do Fed afirma que impacto da Libra no sistema financeiro foi “superestimado”

Os impactos da Libra, criptomoeda do Facebook, no sistema financeiro podem ter sido superestimados. É o que aponta um relatório divulgado por dois economistas do Federal Reserve (Fed) na segunda-feira, 22 de junho.
Intitulado “Demanda Global por Stablecoins Lastreadas em Cestas“, o documento foi escrito pelos economistas Garth Baughman e Jean Flemming. O foco do relatório foi a primeira versão da Libra, que era lastreada em uma cesta de moedas. Eles afirmam que os reguladores podem ter superestimado o impacto negativo desse sistema.
Riscos da Libra foram mal avaliados
Uma das principais críticas era de que a cesta de moedas poderia desestabilizar o valor de cada uma delas. Além disso, o histórico de falhas do Facebook em proteger dados dos usuários era outra preocupação. Com isso, vários bancos centrais combateram o lançamento do projeto.
Nos EUA, parlamentares tentaram congelar o projeto. Na Austrália, o banco central disse que ninguém usaria a Libra. E entre os membros da União Europeia, o ministro das Finanças da França ameaçou bloquear o uso da moeda.
No entanto, Baughman e Flemming fizeram modelos de teste da cesta de moedas. E em seus resultados, não encontraram quaisquer riscos.
“Nosso modelo mostra que, embora a cesta possa ter potencial para se tornar importante e exigida globalmente, [o fluxo e refluxo regular do valor fiduciário e do comércio] a tornam tal que a cesta nunca domina nenhuma das moedas componentes”, escreveram eles.
Em uma importante concessão aos reguladores, os líderes do projeto da Libra abandonaram os planos de uma única stablecoin e da cesta de moedas em abril. Agora, a “stablecoin global” de Libra será uma cesta de outras stablecoins lastreadas por reservas fiduciárias.
Agressividade em excesso marcou reações contra a Libra
Embora publicado na segunda-feira, o artigo do Fed foi escrito em fevereiro e aparentemente atualizado um mês após a mudança de Libra. Ele também levanta questões sobre se os formuladores de políticas se moveram de maneira agressiva demais contra o projeto de tecnologia que eles lançaram por meses.
“Surge uma pergunta mais simples: uma moeda de cesta realmente fornece um valor substancial em relação ao sistema atual?” eles perguntaram. Eles descobriram que pode muito bem ser o caso em determinadas circunstâncias.
“Embora a moeda da cesta nunca domine as moedas soberanas que ela compreende, descobrimos que pode haver ganhos substanciais no bem-estar mundial se muitos vendedores aceitarem a cesta como pagamento“, escreveram eles.

segunda-feira, 22 de junho de 2020

Cantor Akon planeja lançar criptomoeda no mês que vem

O premiado cantor Akon quer construir a Wakanda da vida real no Senegal Foto: Tim P. Whitby / Getty Images for MTV

Colecionador de prêmios no cenário musical, o cantor Akon tem planos ambiciosos para o Senegal, onde passou a infância e considera sua casa, apesar de ter nascido nos EUA. O principal é a construção de uma cidade, batizada como Akon City e que promete ser a “Wakanda da vida real”. Outro é o lançamento de uma criptomoeda, a Akoin, que deve acontecer já no mês que vem.
Em entrevista à Bloomberg, Jon Karas, presidente e cofundador da Akoin, explicou que ela será a moeda local em Akon City, mas a expectativa é que a criptomoeda seja adotada por todo o continente africano.
Inicialmente, informou Karas, 10% do estoque de moedas será ofertado publicamente, mas a quantidade pode variar dependendo da demanda. Outros 10% ficarão em posse de executivos, conselheiros e diretores da companhia.
Os três fundadores da Akoin — Akon, Karas e Lynn Liss, diretor operacional da companhia por trás da criptomoeda — serão proibidos de comercializar suas moedas por um período de seis meses e, passado esse prazo, poderão liberá-las de pouco em pouco.
— Nós estamos construindo um grande ecossistema — afirmou Karas. — Estamos nisso para o longo prazo.
A criptomoeda mais conhecida é o bitcoin, mas existem milhares de outras em circulação, seja para fins específicos ou para especulação. Por serem de fácil circulação, elas são indicadas como uma das soluções para a inclusão financeira de bilhões de pessoas que não têm acesso ao sistema bancário tradicional.
Entretanto, existem discussões sobre a forma de adotá-las: com a participação de bancos centrais, como as moedas nacionais, ou emitidas por companhias, como a Akoin. No ano passado, o Facebook lançou o projeto libra, que pretendia se tornar uma criptomoeda global, mas a pressão de órgãos reguladores provocou a desistência de parceiros.
Na outra ponta, o governo chinês está testando uma versão digital oficial do yuan. O piloto está sendo rodado em quatro cidades, mirando a Olimpíada de Inverno de 2022, programada para Pequim, como o teste de fogo.
Atualmente, a maioria das transações financeiras já são eletrônicas, com transferências de créditos e débitos entre diferentes contas. A criptomoeda chinesa seria uma versão digital do dinheiro de papel, existindo apenas em carteiras digitais nos smartphones, mas com valor lastreado pelo governo.

Origem da Akoin

A ideia por trás da Akoin surgiu de um episódio vivido por Akon numa viagem de Dacar a Paris. Chegando na capital francesa, o cantor tentou trocar francos CFA — moeda usada em Senegal e em outras ex-colônias francesas na África — por euros, mas teve o pedido recusado pelo operador.
— Eu pensei: como assim? — contou Akon, explicando que não teve tempo para converter francos CFA por euros antes de sair do Senegal e acabou ficando com os bolsos cheios do dinheiro sem ter onde gastar. — Isso realmente abriu os meus olhos. Catapultou minhas energias para dizer: nós precisamos ter nossa própria moeda. Não importa o que for necessário, vamos mudar isso.
O projeto futurista de Akon City Foto: Divulgação
O projeto futurista de Akon City Foto: Divulgação
A mudança pode estar prestes a começar, junto com o sonho de uma Wakanda senegalesa. O projeto da Akon City foi apresentado ano passado e, no início deste ano, o cantor recebeu do governo um terreno de 8 milhões de metros quadrados, a menos de uma hora do aeroporto internacional de Dacar, para dar início à cidade.
Na semana passada, o cantor anunciou já ter levantado US$ 6 bilhões em investimentos para a construção da cidade, algo em torno de R$ 32 bilhões. A primeira fase do projeto está prevista para ser concluída no fim de 2023, com ruas e estradas, hospital, shopping, residências, hotéis, delegacia, escola, tratamento de lixo e usina solar.

domingo, 21 de junho de 2020

Fundo de Criptomoeda da UNICEF faz seu maior investimento de todos os tempos

Fundo de Criptomoeda da UNICEF faz seu maior investimento de todos os tempos

Hoje, oito empresas de tecnologia de sete diferentes economias emergentes receberão um investimento por meio da criptomoeda Ethereum do Fundo de Criptomoeda da UNICEF.
O veículo de investimento de criptoativos da UNICEF concedeu a essas empresas 125 ETH, no valor de aproximadamente US $ 28.600, para usar no dimensionamento ou na criação de protótipos de suas respectivas tecnologias nos próximos seis meses.
As empresas que recebem esse investimento já receberam até US$ 100.000 em moeda fiduciária do Fundo de Inovação da UNICEF.
Uma dessas empresas, Afinidata, oferece conteúdo educacional a pais com filhos pequenos.
Outro, Cireha, constrói sistemas de comunicação para crianças com problemas de fala ou linguagem para usar no mundo offline.
Essas são empresas com uma missão, e o UNICEF está dando a elas algum momento habilitado para criptomoeda para levar essa missão adiante.
"Estamos vendo o mundo digital chegar até nós mais rapidamente do que poderíamos imaginar - e o UNICEF deve poder usar todas as ferramentas deste novo mundo para ajudar crianças hoje e amanhã", disse Chris Fabian, co-líder do UNICEF Ventures em uma afirmação.
“A transferência desses fundos - para oito empresas em sete países ao redor do mundo - levou menos de 20 minutos e nos custou menos de US $ 20. Movimento global instantâneo de valor quase instantâneo, taxas inferiores a 0,00009% do valor total transferido e transparência em tempo real para nossos doadores e apoiadores são os tipos de ferramentas com que estamos entusiasmados. ”
Como a UNICEF é uma organização das Nações Unidas que protege o bem-estar das crianças em todo o mundo, trabalha simultaneamente para um futuro melhor.
Como a organização distribui dinheiro para empresas de tecnologia em todo o mundo, vale a pena notar que a tecnologia blockchain parece se encaixar perfeitamente em seus planos para o futuro.

sexta-feira, 19 de junho de 2020

China considera criar uma criptomoeda regional do leste asiático para diminuir hegemonia do dólar dos EUA

China considera criar uma criptomoeda regional do leste asiático para diminuir hegemonia do dólar dos EUA

As autoridades chinesas planejam criar uma moeda digital para o leste asiático para garantir mais independência do dólar dos Estados Unidos e promover as relações comerciais na região.
De acordo com um recente relatório do Nikkei Ásia, 10 membros da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (Chinese People's Political Consultative Conference), principal órgão consultivo político do país, propuseram a criação de uma moeda digital que seria apoiada por uma cesta de moedas, incluindo yuan chinês, iene japonês, won sul-coreano e o dólar de Hong Kong. O artigo não especifica em qual blockchain a criptomoeda projetada se baseará.
A proposta foi apresentada por Neil Shen, cofundador da gigante chinesa de serviços de viagens Ctrip e o principal investidor de capital de risco do país, além de Henry Tang, político de Hong Kong e ex-secretário-chefe, entre outras figuras influentes. De acordo com o relatório, eles sugeriram que a nova criptomoeda regional fosse desenvolvida pelo setor privado.
Espera-se que o yuan e o iene respondam por mais de 60% e 20% do valor da moeda digital, respectivamente, pois o índice supostamente será calculado com base na "escala econômica das economias associadas".
O artigo do Nikkei Ásia menciona que a nova idéia poderia ter sido influenciada pela decisão do projeto Libra de executar uma moeda chamada LBR, já que aparentemente a criptomoeda iniciada pelo Facebook "não parece diferente de um dólar digital disfarçado de cesta de moedas" para a China. Ele também observa que o Libra abandonou a ideia de administrar uma stablecoin atrelada ao iene, o que significa que o Japão provavelmente se envolverá com a moeda digital do Leste Asiático.
A criptomoeda do Leste Asiático também parece se alinhar às intenções da China de criar uma rede de pagamento autônoma do dólar americano, que continua sendo o meio mais popular para transações comerciais internacionais.

Ainda há poucos detalhes sobre a moeda digital do Banco Central da China

Os detalhes sobre o yuan digital, um projeto de CBDC executado pelo Banco Popular da China, permanecem escassos. Ainda não há data oficial de lançamento, apesar do teste piloto ser realizado ativamente em vários locais, incluindo as cidades de Shenzhen, Suzhou, nova área de Xiongan, Chengdu e o futuro local das Olimpíadas de inverno.
É possível que o yuan digital seja aceito em outros países, embora atualmente não esteja claro se isso se sobreporia ao desenvolvimento de criptomoeda proposto para o Leste Asiático. Um artigo recente da agência de notícias sul-coreana, Yonhap, sugere que os comerciantes locais estão prontos para aceitar o yuan digital assim que as restrições de viagem relacionadas ao COVID diminuírem e os turistas chineses começarem a visitar seu país novamente.

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Mulher de 27 anos na lista de talentos do MIT por conta da Libra (Facebook)

Libra 2.0 tem pouca semelhança com o plano inicial do ‘Facebook Coin’
Morgan Beller é uma das principais responsáveis pela ideia da Libra, criptomoeda do Facebook, que está sendo colocada em prática. Com apenas 27 anos, já é uma das grandes personalidades jovens do mundo. Beller representa um marco para o empreendedorismo feminino e para as criptomoedas.
O MIT (Massachusetts Institute of Technology) é uma das universidades mais conceituadas do mundo.
Por isso, todos estão interessados em saber quais são as pessoas que o MIT vê com bons olhos.
Assim, de forma interessante, uma jovem mulher entrou na lista das pessoas inovadoras com menos de 35 anos de idade: essa é Morgan Beller, que hoje tem 27 anos de idade.
Beller entrou na categoria dos “visionários”, já que é uma das principais figuras por trás da criptomoeda do Facebook.

Jovem empreendedora deu a ideia de criptos para o FB

Morgan Beller
Em 2017, Morgan Beller trabalhava na equipe de desenvolvimento corporativo do Facebook.
Foi naquela época que ela se ofereceu para começar a trabalhar numa maneira de o Facebook entrar no mundo das criptomoedas. Ela tinha acabado de entrar para a equipe.
Dessa maneira, Morgan foi a primeira pessoa a colocar o Facebook no radar das criptos. Ela é a principal responsável pela Libra, criptomoeda que está prestes a ser lançada pelo Facebook. Além disso, ela também ajudou a desenvolver a Novi, carteira digital do FB.
Atualmente, Morgan Beller é a Chefe de Estratégias (Head of Strategy) da Novi.
Vale ressaltar que, em 2017, a utilização de criptomoedas no universo corporativo ainda era extremamente controversa.
Independentemente do que acontecerá com a Libra, é de admirar que uma jovem funcionária teve a ideia de envolver o Facebook com o blockchain e as criptomoedas.
Devido ao tamanho da empresa, há muita probabilidade de essa relação dar certo para o Facebook, que conta com bilhões de usuários em todo o mundo.

Libra é extremamente controversa

Libra é a criptomoeda do FB
Como não poderia deixar de ser, a criptomoeda do Facebook é extremamente criticada na comunidade cripto.
Quando o projeto foi anunciado, muitos investidores ficaram céticos em relação à criptomoeda. Assim acontece porque o Facebook é uma empresa que sofre com extrema desconfiança, devido aos seus diversos problemas de vazamentos de dados e comprometimento da privacidade dos usuários.
Além disso, a Libra jamais vai ser uma cripto completamente descentralizada, como acontece com o Bitcoin. Logo, a criptomoeda fica nas mãos dos interesses corporativos do Facebook.
O projeto inicial foi tão polêmico que, desde então, foi refeito. Agora, a Libra 2.0 será, aparentemente, lastreada por um conjunto de stablecoins. Assim, pode ser que a moeda seja pareada com o USD, com o EUR ou com a Libra Esterlina.
Agora, é esperar pelos próximos passos do Facebook e de Morgan Beller.