quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Após audiência desta semana, Libra, a criptomoeda do Facebook esta em maus lençois!

Facebook CEO Mark Zuckerberg Testifies Before The House Financial Services Committee

Mark Zuckerberg, co-fundador e CEO do Facebook, esteve perante o Comitê de Serviços Financeiros da Câmara em Washington. E quando se trata de grandes empresas de tecnologia, sempre é um momento muito tenso e regado por inúmeras interrupções.
Segundo o site TheVerge, as audiência nunca são satisfatórias, e os membros não conseguem fazer a lição de casa. Geralmente, os membros interrompem as testemunhas antes mesmo que possam responder.
E assim, uma audiência improdutiva começa. E assim, para evitar gerar mais notícias sobre a questão a ser debatida, os executivos de tecnologia tentam não falar demais. E assim, quando é solicitado que algo escrito seja feito, eles sempre deixam para fazer isso depois alegando ignorância transferindo a responsabilidade para sua equipe.
A audiência tida como frustrante, foi sobre o lançamento da criptomoeda Libra, e quando Mark chegou, o congresso parecia fuzilar com os olhos o Facebook. Isso já era notável, segundo a imprensa presente no local, havia uma impaciência tomando conta do congresso antes mesmo do executivo chegar.
A situação esquentou logo no começo, quando a deputada republicana Ann Wagner tocou na ferida do Facebook em torno da exploração infantil online, onde a rede social não consegue interromper o crime mesmo tendo prometido.
Seguindo, o deputado William Lacy Clay, abordou Mark em torno das políticas de publicidade, que segundo o deputado, descriminam diversa comunidades nas mídias sociais. E para ser a cereja do bolo, o deputado Gregory Meeks entrou com um ato censura Zuckerberg dizendo que o Facebook é um acelerador de muitas lutas políticas consideradas destrutivas em todo o mundo.
O Facebook foi encontrado sistemicamente na cena do crime. Você acha que isso foi apenas uma coincidência?-Disse o deputado Gregory Meeks a Mark Zuckerberg!
Mas, diante de tanta pressão e pouco espaço para falar continuamente sem interrupção, o executivo se saiu bem em alguns momentos. Mas, com muito esforço diante de tanto bombardeio, o Facebook conseguiu chegar ao centro do tema, que foi a liberação da nova moeda.
O site The Information destacou o seguinte:
A audiência de aproximadamente seis horas levou o Comitê de Serviços Financeiros da Câmara a questionar Mark (Facebook) sobre como a Libra será financiada, que tipos de regulamentos devem ser aplicados a Libra, como o Facebook planeja ganhar dinheiro com a Libra e como políticas como reembolso fraudulento as transações funcionarão. […]
O que Zuckerberg deixou claro é que o Facebook não lançará o Libra sem a devida aprovação regulatória nos EUA e que o Facebook se retirará da Libra Association se o grupo finalmente decidir avançar por conta própria sem a aprovação dos reguladores dos EUA. Mas o testemunho de Zuckerberg não falou nada sobre as leis específicas que o Facebook acredita que deveriam governar a Libra.
A audiência não foi muito produtiva segundo vários outros sites espalhados pelo mundo e que estavam cobrindo o testemunho de Mark que parecia mais uma sabatina. O Facebook não conseguiu demonstrar o quanto a Libra pode ser relevante para o mundo.
Agora, a criptomoeda do Facebook não deve ter momentos fáceis, isso porque o seu lançamento é regado por contratempos de alta relevância, inclusive a saída de alguns importantes apoiadores do projeto.
Analisando a posição política dos deputados, deu a entende que o Congresso esta preocupado em relação ao caos que a Libra poderia causar, segundo os jornais, há um risco dela causa um gigante estrago financeiro de nível global. Ainda segundo a mídia que cobriu o momento tenso, se os políticos pudessem votar pelo fim da Libra durante a audiência, eles teriam feito com toda certeza.
Agora, a Libra segue com muitas incerteza em torno da opinião do comitê, e o resultado disso ninguém sabe. A única certeza, é que vai ser muito difícil e completo a adoção pública e política a Libra. Agora, só resta esperar o resultado deste “confronto” político, social e financeiro.

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

CEO do JPMorgan diz que libra, a criptomoeda do Facebook, “nunca vai acontecer”

Jamie Dimon, CEO do banco JPMorgan Chase (Foto: Scott Olson/Getty Images)

Facebook tem enfrentado diversos obstáculos para a criação de sua criptomoeda, a libra, anunciada em junho deste ano. Em meio à pressão e às críticas de órgãos reguladores, diversas companhias como Visa, Mastercard, PayPal e eBay deixaram a Associação Libra, criada a fim de gerenciar a moeda virtual da rede social.
Agora, o CEO de um dos maiores bancos do mundo aumentou as dúvidas sobre a criação da libra. Jamie Dimon, presidente do JPMorgan, afirmou que a criptomoeda “é uma boa ideia que nunca vai acontecer”.
Dimon também falou que a ideia de criar uma stablecoins (ou moeda estável) não é nova. “Já temos stablecoins, então a libra não seria a primeira a fazer isso”. Ao contrário da maioria das moedas virtuais como o bitcoin, que sofrem grandes flutuações de preço em curtos períodos de tempo, as stablecoins buscam manter um preço estável em relação a uma moeda convencional. No caso da libra, ela seria atrelada a uma cesta de moedas, incluindo euro, dólar  e iene.

domingo, 27 de outubro de 2019

Zuckerberg dirá ao Congresso que Facebook não é mensageiro ideal para criptomoeda libra



WASHINGTON (Reuters) - O presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, planeja reconhecer no Congresso que o Facebook não é o "mensageiro ideal" para seu projeto da criptomoeda libra, devido às críticas contínuas à empresa.
Segundo texto do depoimento, Zuckerberg dirá que apoia o adiamento do lançamento de libra, atualmente programado para meados de 2020, até que preocupações regulatórias dos EUA sejam totalmente resolvidas. E ele acrescentará que a moeda digital visa a facilitar transferências de dinheiro, e não a competir com moedas soberanas ou impactar a política monetária.
Zuckerberg deve falar na quarta-feira perante o Comitê de Serviços Financeiros da Câmara, onde deve enfrentar críticas dos parlamentares, cautelosos com os esforços do Facebook de criar uma moeda digital e fazer outras incursões na área financeira.
No depoimento, Zuckerberg reconhece as críticas, mas insiste que o projeto da libra tem mérito e pode ajudar milhões de pessoas, facilitando a transferência de dinheiro. Ele também observará que outros países, como a China, já estão investindo em projetos similares.
"Acredito que isso é algo que precisa ser construído, mas entendo que não somos o mensageiro ideal no momento", diz o texto. "Tenho certeza que as pessoas gostariam que fosse alguém, não o Facebook, que apresentasse essa ideia".
Embora reconheça erros, Zuckerberg insiste que a tecnologia, e o Facebook em particular, ainda tem muito a oferecer, e se opõe às fortes críticas à empresa.
"Se o ceticismo saudável se tornar hostilidade total, colocaremos muito progresso em risco", diz o documento. "Entendo que as pessoas têm preocupações com a libra. Mas acho que seria ruim para o nosso país e o mundo se as empresas fossem desencorajadas a enfrentar desafios como esse".

sábado, 26 de outubro de 2019

Twitter diz que nunca vai utilizar a Libra, criptomoeda do Facebook

Imagem de: Twitter diz que nunca vai utilizar a Libra, criptomoeda do Facebook


Durante um evento em Nova York, o CEO do Twitter, Jack Dorsey, comentou sobre a criptomoeda Libra e disse que seu negócio jamais participará do projeto. Ao ser questionado sobre o assunto, o executivo mandou um "hell no" e criticou a iniciativa, que é encabeçada pelo Facebook.

Segundo conta o The Verge, que estava no evento, Dorsey disse que a criptomoeda não é a resposta para trazer uma democratização no sistema financeiro e serve para representar os interesses das grandes corporações que estão por trás do projeto. "Não é um padrão aberto e que foi criado na internet", disse o CEO do Twitter. "[A Libra] nasceu da intenção de uma companhia, e não é consistente com o que eu pessoalmente acredito ou quero para a nossa empresa".
(Fonte: The Verge/Reprodução)
Apesar das críticas para a Libra, Dorsey também revelou ser um entusiasta das moedas digitais e acredita que as tecnologias descentralizadas são positivas para o desenvolvimento da web. "A internet é um estado-nação emergente em quase todos os aspectos. E agora quase possui um ativo próprio em forma de criptomoedas e bitcoins."

Libra em decadência

Além de tomar uma negativa do Twitter, a Libra também tem gerado discórdia até mesmo entre seus membros fundadores. Desde seu anúncio, a criptomoeda protagonizou uma série de polêmicas relacionadas à regulação e até pode ser proibida em certos países por questões de segurnaça. Por causa disso, empresas que auxiliaram na concepção do ativo, como PayPal, Mastercard e Visa, já estão pulando fora do projeto.
Nesta semana, o CEO do FacebookMark Zuckerberg, participou de uma conferência no congresso dos Estados Unidos para tentar acalmar os ânimos dos legisladores sobre a Libra, que tem lançamento previsto para 2020. Com tantas polêmicas em volta da moeda digital, porém, fica difícil dizer se a iniciativa realmente ganhará vida no ano que vem.

Fontes

domingo, 20 de outubro de 2019

Deputado dos EUA diz que Facebook deveria usar Bitcoin e não criar o Libra

© Reuters.

O deputado republicano dos Estados Unidos Warren Davidson declarou que, se Facebook adicionasse Bitcoin à sua carteira Calibra, esta seria uma "idéia muito melhor" do que criar uma nova moeda como o Libra.
Durante uma entrevista para o podcast Noded Bitcoin em 11 de outubro, o deputado disse que "parte da beleza" a anunciada stablecoin Libra do Facebook é que ela cristalizou todos os problemas que já existem hoje na rede social.

“Queremos transações filtradas ou liberdade?”

Davidson argumentou que as audiências do Congresso dedicadas ao Libra em julho aumentaram a pressão que o Facebook já vinha sofrendo, destacando que "muitas das perguntas sequer eram sobre o Libra".
Ele disse que a tentativa do gigante de mídia social de lançar uma criptomoeda própria serviu para intensificar o foco em muitas das operações existentes da plataforma, completando dizendo que:
"O Facebook já filtra o conteúdo - algumas pessoas dizem que com um viés oculto, outras dizem que é ótimo, estão protegendo meu espaço [...] Então, queremos nossas ideias filtradas ou liberdade de expressão? Queremos transações filtradas ou liberdade?”
O apresentador do podcast, Pierre Rochard, argumentou que as audiências no Congresso haviam sido, no entanto, um veículo ideal através através do qual os observadores - muitos deles vindos do setor financeiro tradicional - conseguiram entender melhor o Bitcoin e compreender os problemas inerentes a um processo centralizado e privado como o Libra.
Davidson concordou que essa tinha sido a impressão entre muitas pessoas com quem ele conversou, mas também disse que, para aqueles convencidos sobre a necessidade de autoridades centrais como administradores das finanças globais, as audiências apenas cimentaram seu antagonismo em relação a livros distribuídos e criptomoedas descentralizadas, e intensificaram suas desejo de reprimir o espaço de forma mais ampla.
O Libra - como meio de pagamento - poderia, sem dúvida, desestabilizar o status quo, disse Davidson, apontando para a fluidez com que gigantes da tecnologia como o Facebook e o Google começam a construir uma certa soberania, desafiando a autoridade dos governos.

Libra foca atenção em falhas do Facebook

Durante as audiências do congresso dedicadas ao Libra em julho deste ano, a deputada Maxine Waters - presidente do Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos - fez a conexão explícita entre as preocupações levantadas durante as polêmicas passadas do Facebook e a tentativa da plataforma de lançar uma stablecoin.
Waters já havia pedido ao Facebook para interromper o trabalho em Libra no meio de junho, logo após a inauguração do projeto.
Ela declarou que a gigante da tecnologia já apresentava um "padrão recorrente de não manter os dados do consumidor em sigilo" e "havia permitido que atores estatais russos maliciosos comprassem e direcionassem anúncios" para - supostamente - influenciar as eleições presidenciais dos EUA em 2016.
Legisladores dos EUA ainda também perguntaram ao Facebook como é de se esperar que confiem em uma empresa cuja coleta, armazenamento e uso indevido de dados de clientes causaram uma multa de US$ 5 bilhões.

sábado, 19 de outubro de 2019

Relatório do G7 aponta preocupações sobre a Libra, criptomoeda do Facebook



Nesta semana, uma força tarefa dos países do G7 impuseram mais um obstáculo à Libra, criptomoeda do Facebook, em um relatório. O documento afirma que stablecoins (moeda digital atrelada a uma moeda estatal) globais como a Libra poderiam destruir o sistema monetário e desequilibrar a estabilidade financeira.
O relatório, intitulado como “Investigando o Impacto de Stablecoins Globais“, é resultado do trabalho de um grupo do G7, presidido por Benoit Coeure, membro do Conselho de Administração do Banco Central Europeu.
“O G7 acredita que nenhum projeto global de stablecoin deve começar a funcionar até que os desafios e riscos legais, regulamentares e de supervisão sejam adequadamente abordados, por meio de projetos adequados e aderindo a uma regulamentação clara e proporcional aos riscos”, diz o documento.
O que diferencia as stablecoins de outras criptomoedas é o fato de elas serem atreladas a moedas tradicionais para compensar a volatilidade associada às moedas digitais — daí o termo stable (estável).
Até agora, as stablecoins têm tido suas limitações e permanecem desregulamentadas. O grupo de trabalho do G7 identificou que as stablecoins podem prejudicar as tentativas de combater a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo, bem como apresentar riscos para a concorrência leal, segurança cibernética, privacidade do consumidor e tributação.
A Libra Association — corpo de regulamentação que iria supervisionar a criptomoeda global do Facebook — divulgou uma declaração em resposta à denúncia do G7. Nele, o grupo aborda as preocupações do G7 ponto por ponto, prometendo trabalhar com os reguladores para tratar das preocupações.
“Em reconhecimento à importância da estabilidade do sistema financeiro global e da soberania nacional sobre a política monetária, a Libra está sendo projetada para trabalhar com as instituições reguladoras existentes e aplicar as proteções que elas oferecem ao mundo digital — sem perturbá-las ou prejudicá-las”, diz a declaração.
Embora o relatório do G7 não seja o último prego no caixão de Libra, é um sinal de que os reguladores globais também não estão convencidos da iniciativa do Facebook. E isso já vem mostrando consequências.
Quando a Libra foi anunciada em junho, havia 27 empresas apoiadoras — incluindo instituições de pagamento bem conhecidas, como Visa e Mastercard. Mas, logo no início, a moeda foi recebida com a oposição do Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos EUA e do Comitê Bancário do Senado.
Isso, por sua vez, levou a rumores de que os parceiros da Libra estavam reticentes no final de agosto. No início de outubro, o PayPal oficialmente cancelou a sua participação e alguns dias depois, eBay, Stripe, Visa e Mastercard também abandonaram o barco. Para piorar, a Calibra — subsidiária que administra a criptomoeda — está enfrentando um processo que alega que seu logotipo é um plágio da Current, um app de banco digital.
O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, deve testemunhar perante o Comitê de Serviços Financeiros da Câmara no dia 23 de outubro. Ele provavelmente precisará abordar as muitas preocupações levantadas pelo G7, bem como o fato de que os principais financiadores que pretendiam dar credibilidade à Libra se distanciaram do projeto.
Levando em consideração as recentes tentativas de Zuckerberg como um humano comum, talvez esse possa ser o fim da Libra.

quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Facebook está sendo processado pelo logo da sua criptomoeda Libra



Parece que a semana terrível, horrível, e nada boa para a Libra ainda não acabou. Além de apoiadores importantes, como PayPal, eBay, Stripe, Visa e Mastercard, terem abandonado o suporte ao projeto de criptomoeda do Facebook, agora seu logotipo se tornou o centro de uma batalha legal por suposta violação de marca registrada.
O logotipo da Calibra, uma subsidiária do Facebook formada para supervisionar a moeda digital e seu lançamento planejado para 2020, tem uma semelhança com o aplicativo de banco móvel que a Current usa desde 2016, fato que a empresa apontou logo após o anúncio da Libra em junho.
“Essa é uma maneira engraçada de tentar criar confiança em um novo sistema financeiro global – destruindo outra empresa de fintech”, disse à CNBC o CEO da Current, Stuart Sopp.
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E é verdade, o logotipo da Calibra parece o equivalente da marca corporativa de copiar a lição de casa de outra empresa. Provavelmente porque, bem, foi essencialmente o que aconteceu: os dois logotipos foram criados pelo mesmo designer, uma empresa de marca de São Francisco chamada Character, de acordo com a CNBC. O personagem também é nomeado réu no processo. A empresa não respondeu imediatamente ao pedido de comentário do Gizmodo.
Dado que os dois provavelmente foram projetados com três anos de diferença, há uma chance de que cada logotipo venha de equipes completamente diferentes da empresa de design. Afinal, uma linha ondulada em um círculo não é exatamente um projeto inovador. Mas, para que ambos sejam criados para empreendimentos financeiros digitais e compartilhem a mesma paleta de cores? Isso é muito estranho.
Este processo é apenas o golpe mais recente ao empreendimento de criptomoedas do Facebook antes mesmo de ser lançado. A Libra recebeu escrutínio internacional de funcionários do setor bancário e antitruste, com relatos recentes de que o DOJ e a FTC abriram investigações antitruste sobre a gigante da tecnologia, alimentando apenas essas suspeitas. Provavelmente procurando evitar investigações semelhantes, cinco dos 28 apoiadores corporativos planejados para administrar o órgão regulador da Libra abandonaram o projeto na semana passada.

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Facebook vai seguir com criptomoeda Libra

Libra

Mesmo com a desistência de diversas grandes empresas do projeto da Libra, criptomoeda do Facebook, o responsável pela ideia afirma que está otimista em relação ao futuro.

David Marcus, executivo da empresa de Mark Zuckerberg, disse que espera que mais organizações participem da iniciativa, apesar da forte oposição de políticos que parecem temer a inovação. Marcus ainda aifirmou que não culpa as empresas que desistiram do projeto.

"Eu respeito totalmente o fato de que essas empresas e líderes tenham uma responsabilidade em relação aos seus acionistas, funcionários e partes interessadas", disse em entrevista à Bloomberg Television. "Vamos seguir em frente. Vamos adicionar mais membros".
No início do mês, Sherrod Brown e Brian Schatz, senadores do Partido Democrata dos EUA, enviaram uma carta aos representantes da Stripe, Visa e Mastercard, pedindo para que as empresas "considerem cuidadosamente" os potenciais riscos associados à Libra antes de seguir com o projeto. A carta teve efeito rápido, já que, pouco tempo depois, as empresas abandonaram a Associação Libra.

"Para esses tipos de cartas serem distribuídas para algo que é uma ideia - um projeto - e dizer às pessoas que você não deve explorar inovação, isso preocupa", afirmou David Marcus.
No começo da semana, a Associação Libra realizou sua primeira reunião em Genebra, onde afirmou que tem um número mais do que suficiente de empresas dispostas a participar do projeto. São 1.500 organizações que manifestaram interesse em assinar o documento, embora apenas 180 delas atendam aos critérios da organização.
Mesmo se novos membros assumirem compromisso, a Libra ainda está longe de se tornar realidade. Executivos do Facebook disseram que não lançarão a moeda até receberam sinal verde de reguladores dos EUA e de outros países. Na próxima semana, Mark Zuckerberg deve participar de audiência perante o Comitê de Serviços Financeiros da Câmara, para tratar do projeto.

terça-feira, 15 de outubro de 2019

Após abandono de empresas, criptomoeda do Facebook flerta com o fracasso

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Das 28 empresas que formavam o consórcio inicial, sete já abandonaram o projeto da Libra O plano de Mark Zuckerberg para dominar o mercado de pagamentos digitais utilizando criptomoedas pode fracassar antes mesmo da primeira transação. Anunciada em junho, a Libra já perdeu 7 dos 28 membros que formavam o consórcio comandado pelo Facebook. Nesta semana, Booking, Visa e Mastercard decidiram abandonar o barco.

Chamada de Libra Association, a organização composta por 28 empresas que participariam da criação e do gerenciamento da moeda conta atualmente apenas com 21 empresas. Além do trio, que ainda não anunciou a saída oficialmente, empresas como PayPal, eBay, MercadoPago e Stripe já não estão mais envolvidas no projeto.

A debandada começou no dia 5 de outubro com a saída do PayPal. Sem dar muitos detalhes, a empresa de pagamentos renunciou a participação na aliança, mas afirmou apoiar – ainda que de forma discreta – o futuro do projeto. “Mantemos nosso apoio às aspirações de Libra e esperamos continuar o diálogo sobre as formas como podemos trabalhar juntos no futuro”, disse a companhia em nota.

O número de participantes ainda é alto, mas sem o mesmo peso de antes. Entre os membros restantes, destaque para empresas como Vodafone, Uber e Lyft, além de fundos de investimento e companhias ligadas ao desenvolvimento de tecnologias de blockchain – rede que dá força às transações virtuais deste tipo.

Com previsão inicial de entrar em funcionamento em 2020, a nova criptomoeda seria utilizada tanto em aplicativos como WhatsApp e Messenger, como em lojas físicas. As moedas poderiam ser armazenadas em qualquer carteira digital com suporte à tecnologia – inclusive uma chamada Calibra, em desenvolvimento pelo próprio Facebook.

O maior diferencial em relação a outras concorrentes virtuais seria o controle da volatilidade para evitar supervalorizações como no caso do Bitcoin. Descentralizada, a moeda virtual já subiu 117% desde o começo do ano e estava sendo negociada nesta segunda-feira (14) por 8.334 dólares.

A Libra, por sua vez, não flutuaria livremente no mercado. A criptomoeda seria lastrada em uma reserva de ativos reais de baixa volatilidade, tais como como depósitos bancários e títulos governamentais em moedas de bancos centrais e de boa reputação. O preço, assim, seria razoavelmente estável.

O problema é que essa debandada em massa se torna um banho de água fria nas pretensões da companhia de Menlo Park. Com cada vez menos empresas envolvidas, a empresa de Zuckerberg perde força nas batalhas que enfrenta e que ainda vai enfrentar no campo legislativo.

Em julho, o presidente dos Estados Unidos Donald Trump afirmou que não era um fã da iniciativa. Na época, o mandatário americano criticou as moedas digitais por facilitarem transações ilícitas e também alfinetou o Facebook afirmando que a companhia precisaria se adequar às regulações do bancárias caso quisesse, de fato, se transformar em uma instituição financeira.

Há ainda a questão da hegemonia do dinheiro real frente ao virtual, ponto que preocupa países como Alemanha e França. As duas nações já anunciaram que pretendem banir a Libra caso a moeda se torne uma ameaça ao sistema financeiro tradicional.

Outro receio dos órgãos reguladores é o histórico de problemas do Facebook em relação a guarda e ao uso de dados dos usuários de suas plataformas. No caso mais notável, em 2018, a consultoria britânica Cambridge Analytica utilizou informações pessoais de milhões de usuários da rede social para tentar manipular as eleições americanas e o referendo do Brexit.

A ordem, porém, parece ser manter o otimismo e apostar no mantra de que “se você não quer, tem quem queira”. Segundo uma declaração da organização ao The Wall Street Journal, mais de 1,5 mil entidades já demonstraram interesse em fazer parte da associação. A previsão inicial era conseguir 100 membros até 2020.

Com um quarto a menos de membros, o Facebook sabe que a missão de transformar sua ideia em realidade está cada vez mais difícil. Na segunda-feira (21), representantes da associação vão se reunir em Genebra, na Suíça, para mais uma rodada de discussão do projeto. Resta saber quantas cadeiras estarão ocupadas no dia.

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Mercado Pago também retira apoio à criptomoeda Libra, do Facebook

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O Facebook perdeu mais um parceiro no desenvolvimento de sua criptomoeda. Depois das cinco baixas iniciadas com o PayPal, foi a vez do Mercado Pago deixar a Associação Libra, o grupo criado para lançar a moeda digital baseada em blockchain.
A informação, confirmada por Reuters Financial Times, sinaliza a dificuldade do Facebook de manter empresas na Associação Libra após resistência de reguladores. Segundo eles, o Mercado Pago deixou o grupo na sexta-feira (11), mesmo dia em que Visa, Mastercard, eBay e Stripe também tomaram a decisão.
No início de outubro, o Wall Street Journal já havia divulgado que Mastercard, Visa e outros parceiros repensavam o apoio ao Libra. Em agosto, o Financial Times indicava que dois parceiros pensavam em abandonar o projeto.
A ideia de uma moeda digital administrada pelo Facebook teve uma recepção negativa em vários países. A França, por exemplo, quer que o Libra seja banido na União Europeia. Já os Estados Unidos pediram a suspensão de seu lançamento.
Em geral, os reguladores apontam os riscos da moeda para a estabilidade econômica e a possibilidade de crimes como lavagem de dinheiro serem facilitados com sua existência. Ainda na semana passada, dois senadores americanos alertaram Mastercard, Visa e Stripe sobre os perigos.
“Se aceitarem isso, poderão esperar um alto nível de escrutínio dos reguladores não apenas nas atividades de pagamento relacionadas à Libra, mas em todas as atividades de pagamento”, afirmaram os democratas Sherrod Brown e Brian Schatz, em carta enviada dias antes de as empresas retirarem seu apoio.
Quando o assunto é sua criptomoeda, o Facebook não deverá ter uma folga tão cedo. Em 23 de outubro, Mark Zuckerberg deve voltar a Washington, D.C. para prestar um depoimento ao Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados dos EUA.

domingo, 13 de outubro de 2019

Mais quatro empresas abandonam projeto de criptomoeda do Facebook

A coisa não está fácil para os planos financeiros do Facebook: um semana depois do PayPal ter se retirado da coalizão financeira que ajudaria a rede social a lançar sua criptomoeda, nesta sexta-feira (11) o EBay, a Stripe, a Visa e a Mastercard também anunciaram a saída do consórcio da Libra, a ciptomoeda desenvolvida sob a liderança da rede social
Nos anúncios oficiais da saída, as empresas afirmam e respeitam a ideia do Facebook e que continuam vendo bastante potencial no projeto, mas que acharam melhor focar suas atenções para outros negócios.
Procurados pela CNBC, uma representante da Stripe afirmou que a empresa sempre irá suportar qualquer tipo de projeto que visa tornar o comércio online mais acessível para pessoas de todo o mundo, e que mantém aberta a possibilidade de trabalhar com a Libra no futuro. Já um porta-voz da Visa afirmou que a empresa continua com interesse na moeda digital em questão e acredita que uma rede bem regulada baseada em blockchain pode aumentar a possibilidade de pagamentos digitais seguros para diversos novos mercados, principalmente nos países emergentes. Além disso, a empresa afirma que continuará avaliando se a Associação Libra será capaz de satisfazer a todas as expectativas regulatórias antes de decidir se irá retomar a parceria no futuro.
E o maior medo de todas essas empresas está exatamente na palavra “regulação”. Desde que o Facebook anunciou o projeto da LIbra em junho deste ano, a criptomoeda tem sido alvo constante de governos ao redor do mundo, que temem que a empresa, que já controla a privacidade e a navegação online da maioria de seus cidadãos, passe também a ter controle direto sobre as finanças deles.
Anunciada como uma coalizão de 28 instituições financeiras e empresas interessadas na expansão de pagamentos via blockchain, a Associação Libra vem perdendo rapidamente membros, com diversas empresas se sentindo encorajadas a “pular fora do barco” após a decisão do PayPal. E das quatro companhias que anunciaram sua separação da organização nesta sexta, três delas não foram uma grande surpresa, já que, na semana passada, logo após a saída do PayPal, já existiam rumores de que o eBay, a Stripe e a MasterCard tinham interesse em também sair da parceria.
Assim, a Libra agora conta atualmente apenas com o Mercado Pago (pertencente ao Mercado Livre) e a PayU como as companhias de pagamentos que continuam fazendo parte do projeto, além de outros dois parceiros de investimento originais do Facebook. A Uber e a Lyft, também confirmaram que as recentes saídas não irão mudar em nada a posição delas no projeto.
Enquanto isso, o mês de outubro vai se mostrando cada vez mais importante para a Libra, já que essas últimas saídas ocorrem poucos dias antes de uma reunião do conselho da Associação, marcado para o dia 14. Essa reunião provavelmente será usada para preparar os pontos a serem discutidos pelo CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, em uma audiência com o Comitê de Serviços Financeiros do Congresso dos Estados Unidos, marcado para o dia 23, onde muito provavelmente a Libra será o objeto de discussão.
O Facebook se recusou a comentar sobre as saídas, mas uma declaração do chefe de políticas e comunicação da Associação Libra, Dante Disparte, afirmou que o grupo permanece focado em desenvolver um sistema financeiro que seja seguro, de gerenciamento transparente, e de fácil acesso por consumidores de todo o mundo.
Fonte: CNBC